terça-feira, 30 de agosto de 2011

Virtualização de aplicações é chave na estratégia da VMware

Os primórdios da virtualização e da computação em nuvem estavam bastante ligados à otimização da infraestrutura, corte de custos e busca de agilidade no fornecimento de recursos. Com várias questões já bem resolvidas, esses dois conceitos computacionais inauguram nova era: o uso de aplicações aprimoradas e construídas dentro de uma plataforma adequada a esse universo.


De acordo com o presidente da VMware, Paul Maritz, é do nicho de aplicações que virão as maiores receitas de TI a partir de agora. Segundo ele, 2009 foi o primeiro ano em que o número de instâncias de aplicações, rodando em máquinas virtuais, superou as que rodavam em físicas. “Em 2011, as perspectivas irão se confirmar com uma explosão das aplicações virtuais se os fornecedores se adaptarem à nova abordagem necessária na era da nuvem”, avalia o executivo.

Em um primeiro momento, a estratégia da VMware é permitir a portabilidade dos aplicativos líderes de mercado, como SQL, Exchange, SAP e Oracle, buscando viabilizar melhores SLAs para essas aplicações em cloud. “A questão da continuidade dos negócios é um grande driver para novas tecnologias e será também para a virtualização de aplicações”, destaca Raghu Raghuram, vice-presidente sênior de virtualização e cloud computing da VMware.

As apostas são altas: em 2010, 34% de todas as licenças de software foram compradas para rodar em ambientes virtualizados. A VMware estima que, em dois anos, o número aumente para 56%. E em um universo de longo prazo, o número deve chegar a 76% em seu potencial total. “Para ajudar nessa evolução, a estratégia da VMware é trabalhar muito intimamente com provedores de serviço e fornecer ferramentas de integração e automatização, também no campo de aplicações”.

O conselho de Paul Maritz para que os parceiros da companhia tirem maior proveito das oportunidades desse mercado é entender as necessidades dos clientes e como eles usam as aplicações para os negócios. “O mercado aponta para um cenário de infraestrutura integrada, automatizada e, principalmente, independente de dispositivo, já que sistemas terão de ser acessados via tablets, smartphones e outros equipamentos.



Números e internacionalização


Em números já divulgados, a VMware registrou faturamento total de 2,9 bilhões de dólares, sendo 428 milhões de dólares em lucros. Paul Maritz revelou, em conferência para parceiros, que o ecossistema da companhia movimentou cerca de 45 bilhões de dólares em 2010.


Da receita de 2,9 bilhões, mais da metade, 1,5 bilhão, foi gerada nos EUA. A VMware concentra a maior parte dos negócios nos EUA, Reino Unido e Austrália, embora, segundo Paul Maritz, o objetivo seja buscar uma internacionalização cada vez maior.

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