O segundo semestre marcará a entrada da Positivo no mercado nacional de tablets. Com PPB já aprovado e produção já iniciada, o lançamento comercial está marcado para setembro. Conteúdo embarcado será um dos diferenciais, segundo o presidente da companhia, Hélio Rotenberg. O tablet marcará uma nova tentativa da Positivo de unir as expertises no mercado de computadores e o educacional. "Sempre tentamos. O difícil é fazer o consumidor ver valor nisso. Ao mesmo preço, todo mundo quer mais coisa, mas se cobrarmos mais...", argumentou. De toda forma, ele prometeu "design diferenciado" e disse que, no Natal, "as lojas estarão coalhadas" de tablets da empresa. O executivo não revelou qual das fábricas (Ilhéus, Curitiba ou Manaus) da companhia já está produzindo os equipamentos.
Rotenberg acredita na força dos tablets no universo educacional, contudo, considera que eles não superam os PCs, em razão do seu uso ser restrito ao consumo de conteúdo e não para a produção. "Mas serão estratégios para os programas educacionais do governo [entre 2014 e 2015], que deverá usá-los como novo canal para livros didáticos [por ficar muito mais baratos e atraentes] ", diz.
A empresa também anunciou nesta terça (23) que, dos 3,8 milhões de computadores vendidos no Brasil no segundo trimestre, foi responsável por 520 mil, reassumindo a liderança do mercado local, com 13,5% de share. "O segundo colocado ficou com 10,5%, o que torna a nossa vantagem bastante relevante", disse o presidente da empresa.
Do total de máquinas vendidas pela Positivo, 429 mil foram no segmento de varejo, representando 21,7% de participação. Segundo Hélio, a performance representa mais do que a soma do segundo e do terceiro colocados.
"O Brasil é o único país que tem um fabricante local na frente das multinacionais. E isso nos orgulha muito", comemorou Rotenberg, que vinha de resultados negativos no fim de 2010 e no primeiro trimestre de 2011, quando amargou prejuízo de 33,7 milhões de reais, queda de 21% na receita e recuo de 8% nas vendas. A performance no segundo trimestre no mercado de varejo foi 28% superior a do mesmo período em 2010.
O segmento corporativo registrou crescimento inexpressivo, com a companhia mantendo 3,3% no segundo trimestre. E o segmento governo só deve voltar a ter bons números agora no segundo semestre, com o lançamento de novas licitações, principalmente do Ministério da Educação. A Positivo já conta com uma carteira de projetos do governo estimada em cerca de 400 mil máquinas, volume que representa 90% do total entregue em 2010, incluindo 250 mil unidades dos 600 mil educacionais do Programa Um Computador por Aluno, o ProUca.
Segundo Rotenberg, as compras de varejo deverão continuar aquecidas nos próximos meses. "Não há hoje no mercado qualquer sinal de retração ou desaceleração. As encomendas continuam normais para esse período do ano. E o preço já chegou no menor patamar possível. Baixar preços hoje, só se o Real voltar a valorizar", completou o executivo, para quem o crescimento de 23% do mercado brasileiro de PCs projetado pela IDC Brasil deve se confirmar.
Fonte: IDG Now
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