Em 2006, os servidores x86 foram reponsáveis pela maior parte (68%) do consumo de energia elétrica nos datacenters e equipamentos relacionados a TI como storage e rede. O crescimento do consumo de energia destes servidores tambem impressiona, uma vez que dobrou entre 2000 e 2006 e tem aumento anual médio de 17%. No ano passado, o IDC reportou que em 2007 a entrega de servidores x86 no mundo todo cresceu 8,3% somando 7.6 Milhões de unidades.
Esses dados aliados ao cenário atual no qual a preocupação com o meio-ambiente e os problemas como o recente “apagão” ocorrido no estado de São Paulo, mostram que a redução de consumo de energia no Datacenter precisa ser prioridade em todos os países, não importando a matriz energética que possuam.
Há administradores que ao invés de gerenciar o custo de recursos computacionais por equipamento físico, evoluiu recentemente para um modelo de gerenciamento por computador virtualizado e chegou já em 2009, ao modelo por Watt utilizado. Esse modelo considera a quantidade produzida em termos de serviços computacionais por Watt utilizado.
O exemplo mais extremo é o de gestores de datacenters que conseguiram cancelar projetos de expansão para outros edifícios, devido à redução do consumo de recursos como espaço e energia elétrica de seu datacenter atual para menos da metade, tornando possível utilizar melhor o espaço e o limite de consumo energético por mais alguns anos. Uma das iniciativas utilizadas foi a virtualização do datacenter.
Mas o que virtualização tem a ver com consumo de energia? Tudo! Antes, vamos esclarecer o que é um computador virtual: a máquina virtual possui exatamente as mesmas funções que uma máquina física, menos a parte física. O computador virtual é uma fatia do computador físico, mas atua de maneira totalmente independente. Esse isolamento permite que dentro do computador virtual se instale um novo sistema operacional, como Windows ou Linux, e pode-se acessar a Internet, como se estivesse acessando de um segundo computador.
E como o computador virtual consegue economizar energia? A média de utilização de uma máquina física por mês é de 5% a 15 %, entre seus picos e baixas, fazendo com que a maioria do tempo seja ociosa. Já os picos e baixas equilibradas entre várias máquinas virtuais permitem que a máquina física seja utilizada na sua totalidade.
A virtualização permite diminuir drasticamente o número de servidores físicos (muito utilizados por empresas), de 100 para apenas oito (8), por exemplo. E dentro destes oito equipamentos, continuar executando 100 máquinas, mas virtuais. Um servidor físico pode ser capaz de abrigar pelo menos 12 servidores virtuais ao mesmo tempo, cada um executando uma tarefa diferente.
Se é possível desligar 100 equipamentos e ligar somente oito que executem as mesmas tarefas, a conta de luz desta empresa irá reduzir consideravelmente. Esta redução é tanta que uma fornecedora de energia do Estado da Califórnia paga para que seus clientes virtualizem seus servidores. Eles pretendem reduzir o consumo de energia do Estado, junto com outras ações, de forma que não seja necessário buscar novas fontes de energia a médio prazo.
Parece incrível demais para acreditar que a empresa virtualiza seu datacenter, proporciona economia em manutenção, ganho na segurança e alta disponibilidade dos seus serviços, e de quebra ajuda na preservação do meio-ambiente. Não seria tão utópico se o mercado não estivesse maduro no que diz respeito à adoção de novas tecnologias, principalmente depois do "boom" da Internet. A virtualização de computadores avança em alta velocidade e está sendo adotada pelo mercado com muito pé no chão.
Fonte: Olhar Digital
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