quarta-feira, 1 de junho de 2011

Os 7 Hábitos do Usuário Linux Eficiente

O blog de Rami Taibah publicou um interessante artigo sobre os 7 hábitos do usuário Linux eficiente 
 
Taibah testemunha o que é de conhecimento geral: apesar de apresentar-se como um desafio, começar a utilizar o Linux é um processo facilitado pela colaboração da sua comunidade de usuários. Fora, blogs, sites, revistas e outras mídias são utilizadas para divulgar dicas e howtos. Esta lista vem juntar-se a este material como uma forma de colaborar com que está trilhando este caminho. Em pouco tempo o usuário pode começar a andar com seus próprios passos, consultando as páginas de pessoal e fazendo suas experiências – esta é a hora em que ele começa a colaborar.
Vamos à lista:

1. Nunca permanecer logado como “root”
Esta é uma dica valiosa. Muitas bobagens podem ser feitas (em qualquer sistema operacional) quando o utilizamos logados com poderes de super-usuário. Um comando mal escrito é o suficiente para causar um grande estrago. Portanto
  • Use “su” ou “sudo” para executar alguma tarefa administrativa – e somente quando isso for imprescindível – e feche a sessão assim que possível.
  • Se for inconveniente trabalhar no modo texto, execute algum programa gráfico com “gksu”, “gksudo” ou “kdesu”. por exemplo, pressione <ALT>+<F2> e digite “gksudo nautilus /tmp/”. Feche a aplicação assim que completar a tarefa.
2. Forneça nomes convenientes a seus arquivos
Em Linux você pode utilizar virtualmente qualquer caracter no nome de um arquivo. Mas nem todos são convenientes e podem trazer problemas na hora de serem utilizados. Então
  • Utilize somente caracteres alfanuméricos (preferencialmente minúsculos), ponto, hífen e sublinhado.
  • Fuja incondicionalmente de símbolos como porcentagem, cifrão, chaves e colchetes. Eles têm significados especiais e podem causar má interpretação
  • Evite o uso de espaços. Prefira trocá-los por hífens ou sublinhados
3. Mantenha o diretório /home em uma partição distinta
O diretório /home mantém dados pessoais dos usuários. Se ele estiver em uma partição em separado, você pode ficar à vontade para fazer reinstalações do sistema operacional, basta não formatar esta partição. A partir da versão do Ubuntu (8.04) é permitido fazer uma reinstalação sem sobregravar este diretório, mas ainda é uma boa prática mantê-lo em separado.

4. Gerencie eventuais travamentos
O Linux é muito robusto e estável, mas é possível que você depare-se com situações de travamento. Particularmente, eu nunca assisti a um travamento do sistema operacional em si. Mas programas isolados podem travar e começar a utilizar recursos de forma predatória. O hardware também prega suas peças de vez em quando. E ações inapropriadas de usuários – especialmente quando com poderes de root – também podem ser perniciosas. Mas não pressione o <CTRL>+<ALT>+<DEL> em vão. Nem aperte o botão de Ligar/Desligar de seu computador. Tente seguir estes passos
  • Mantenha um item de “Fechar Forçado” em seu painel (as barras no topo ou no base de seu desktop). Se um aplicativo travar, clique neste item e depois sobre o aplicativo desobediente, terminando-o
  • Abra um terminal e digite “ps -A | less” ou um “top”. Procure o número do processo (PID) que deseja fechar e mate-o com um “kill -9 PID”
  • Use o “killall”, como um “killall firefox”
  • Se a interface gráfica estiver comprometida e não for possível abrir um terminal, pressione <CTRL>+<ALT>+<F1>, abra uma nova sessão e siga os dois passos anteriores por lá
  • Se a solução for reinicializar a interface gráfica, tente fazê-lo com as teclas <CTRL>+<ALT>+<BACKSPACE>
  • Se nada estiver funcionando e reinicializar o sistema completo for a única saída utilize o <CTRL>+<ALT>+<F1>, abra uma nova sessão e use o <CTRL>+<ALT>+<DEL> nesta sessão
  • Se você chegou até aqui é que a situação deve estar realmente crítica. Mesmo assim, ainda há um passo antes do botão de Liga/Desliga. Utilize as teclas de emergência <ALT>+<PRINT SCREEN>+<O> para desligar o sistema ou <ALT>+<PRINT SCREEN>+<B> para reiniciá-lo. Conheça outras teclas de emergência no Wiki em português do Ubuntu.
5. Teste até se encontrar
Um amigo pode ter lhe influenciado a escolher determinada distribuição ou interface gráfica do Linux. Provavelmente terá sido uma opção que funcionou bem para ele. Mas, e para você? Pode ser que exista outra opção mais produtiva. Veja o Ubuntu, por exemplo: usuários “clean” gostam da interface Gnome padrão, os mais habituados a interfaces de outros sistemas operacionais preferem o KDE do Kubuntu, quem tem equipamento mais modesto tem de se virar com XFCE do Xubuntu, estudantes do ensino fundamental podem gostar do Edubuntu, quem trabalha com multimídia prefere o Ubuntu Studio e assim por diante. Então, faça experiências. Você pode utilizar uma partição somente para testes, um computador ou mesmo utilizar um virtualizador para isso.

6. Adote a Interface em Linha de Comando (modo texto)
Sim, a interface gráfica facilita – e muito – a nossa vida. Eu posso passar dias sem utilizar uma interface em linha de comando. Mas o poder e a flexibilidade que este tipo de interface oferece é inigualável. Muitas tarefas que dependem de múltiplas janelas e cliques podem ser executadas com um único comando. Aprenda cada dia um pouco mais sobre a interface em linha de comando.

7. Esteja sempre pronto para utilizar o Linux
Sabe quando seu amigo pede para que você faça algo no computador dele – que só tem outros sistemas operacionais – e você sabe que tudo seria mais fácil se estivesse usando Linux? Então mantenha por perto uma opção para utilizá-lo. Pode ser uma versão que execute de um CD ou de um pen-drive, mas pode ser sua salvação. Já tive um amigo cujo computador travou, executou um aplicativo de verificação de disco e removeu um certo diretório da máquina dele – o diretório /Windows. O computador estava operacional, mas sem a interface gráfica, algo abominável para alguém como ele. Um Linux que rodava a partir de um disquete e uma unidade de backup externa foi o que eu precisei para preservar todos seus arquivos, embora eles tenham perdido seus nomes longos. Até mesmo um software antivírus executado de um pen-drive com Linux pode quebrar um bom galho.

8. Um passo além
Ajudar novatos também é muito bom. Não apenas para fazer uma “boa ação”. Mas novatos costumam trazer desafios que nos obriga a estudar ainda mais e crescemos com isso. E esse novato ainda vai crescer e quando menos esperarmos, irá nos ensinar alguma coisa.
 

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