segunda-feira, 1 de agosto de 2011

WebOS: 4 cenários para não deixar o sistema morrer

Não há dúvidas de que a abrupta decisão da HP de descontinuar a plataforma webOS prejudicará os consumidores, já que terão uma opção de escolha a menos no mercado de dispositivos móveis. A rigor, a disputa parece estar restrita a dois gigantes: iOS x Android.

Antes que retruquem, deixo claro que não acredito que o Windows Phone 7 será capaz de disputar a liderança do setor. 

É sempre decepcionante ver empresas desistindo da batalha sem sequer lutar. Foi justamente isso que a HP fez: o webOS poderia até não dar certo, mas nem teve a chance de mostrar a que veio. Poucos produtos conquistam os usuários com apenas alguns meses de vida.
 
Oportunidades aparecem
A fabricante perdeu a oportunidade de se tornar grande em um mercado onde tem pouca presença. O webOS não foi mal recebido. As maiores críticas a seu tablet concentravam-se no próprio hardware ou no pequeno número de aplicativos disponíveis.
Na verdade, ele até foi elogiado. O Wall Street Journal, por exemplo, viu potencial no software. Recentemente, um estudo concluiu que o SO rodava duas vezes mai rápido que o iPad 2. Uma tecnologia que, convenhamos, não poderia se jogar fora.

O futuro do sistema da HP, porém, ainda está em aberto – e ficou mais ainda nas últimas semanas. Depois da aquisição da Motorola – e ainda sob a sombra do processo da Oracle – a Google colocou dúvidas a respeito dos rumos do Android, ou mesmo no caminho que qualquer plataforma aberta tomará daqui para frente.

Todos os competidores do mercado ainda têm escolhas a serem feitas. O webOS pode voltar a ser um poderoso player, desde que alguma companhia se interesse por seu desenvolvimento. Veja algumas possibilidades que avaliamos:

HTC
Se a proposta da HP fosse manter o webOS fechado, acredito que uma parceria seria uma ótima aposta.
Com a chegada da “Googlerola”, as fabricantes não estão mais tão seguras quanto à utilização exclusiva do Android como plataforma. Além do mais, é complicado diferenciar seu produto quando há tantos outros utilizando o mesmo sistema. Um acordo entre HP e HTC seria uma ideia bem interessante, pois juntaria o software promissor de uma com os bons dispositivos da outra.

Samsung
A Samsung investe bastante em seus smartphones com Android e, assim como suas rivais, pode estar desconfiada da recente compra da Google. Ela, porém, não se restringe à plataforma da Google, já que comercializa aparelhos com o Bada – seu sistema proprietário – e com o WP7. O WebOS seria mais uma opção, apto a atrair um número significativo de consumidores.

Facebook
Nós sabemos que o Facebook tem olhado com muito interesse para o setor de smartphones. Utilizar o WebOS seria uma ótima alternativa, e sem o risco de iniciar tudo do zero.
Afinal, a rede social tem um dos aplicativos mais populares para iPhone. Imagine o que poderia fazer se lançasse um smartphone com uma convergência ainda maior, com funções ainda não vistas em um celular? O preço, lógico, teria de ser competitivo, mas imagino que há pessoas interessadas em fugir dos tentáculos da Apple e da Google.

Open Source
Por último, a HP – ou outra companhia que resolver investir no webOS – poderia abrir o código do sistema. Assim, atrairia milhares de desenvolvedores, dispostos a torná-lo ainda melhor. Quem sabe não veríamos uma ascensão tão impressionante quando a do Android?

Independentemente do que ocorrer, acho que é precipitado enxergar o webOS como uma plataforma morta. A tecnologia ainda pode ser utilizada para trazer novas perspectivas ao mercado de dispositivos móveis, evitando que ele caia na mesmice.

Fonte: IDG Now

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