terça-feira, 21 de junho de 2011

Android Market e AppBrain: quem é quem, quem faz o que?


Uma das principais diferenças entre o Android e o iPhone está na sua relação com um computador. No mundo iPhone, tudo acontece através do iTunes: comprar e instalar aplicativos, músicas, etc, etc. Já no Android, no melhor estilo Google, tudo está “na nuvem”. Em teoria, um telefone com Android nunca precisaria se conectar a um computador para nada: os contatos são sincronizados, os e-mails são recebidos/enviados e pode-se instalar aplicativos sem nunca se conectar via cabo a um computador.

No caso dos aplicativos, a porta de entrada é o Android Market. Nele, você pode pesquisar por um aplicativo e, uma vez encontrado, pode instalá-lo diretamente  em seu celular. Simples e rápido. Mas nem tudo é perfeito. Por mais prático que seja, o Android Market via celular tem lá as suas limitações: o tamanho da tela limita a navegação, digitar em um teclado de celular não é tão fácil, etc. Por conta disso, o Google sempre disponibilizou uma versão Web do Android Market aqui.

O problema é que o Market sempre foi meio… tosco. Nunca houve uma preocupação por parte do Google em organizar os aplicativos por categorias, ranqueá-los, etc. O Market funcionava muito bem se você sabia o que estava procurando. Senão… boa sorte!

Em algum momento de 2010, o Market mudou. O Google investiu na ferramenta e, como resultado, a qualidade do conteúdo mudou. Os aplicativos passaram a ser classificados decentemente, a funcionalidade de comentários dos usuários melhorou, existem mais informações em geral. Também surgiu uma novidade, que pouca gente conhece: é possível instalar um aplicativo diretamente do Market Web para o celular, automaticamente! Quase perfeito…

Vamos voltar um pouco no tempo, enquanto o Market ainda era tosco. Nessa época, surgiu o AppBrain , exatamente para preencher a lacuna deixada pelo Market. No AppBrain, os aplicativos eram classificados por categorias, existia a lista dos mais populares, os melhores classificados, os atualizados recentemente, sugestões de aplicativos, etc, etc. Os usuários comentavam e classificavam os aplicativos. Existia muita informação a respeito dos aplicativos, coisa que faltava no Android Market.

É importante entender um ponto: o AppBrain não armazena nenhum aplicativo em seus servidores, os downloads e instalações são sempre feitos através do Android Market. O AppBrain se posiciona como um complemento ao Market, não um substituto.



E agora que o Market evoluiu, ainda existe lugar para o AppBrain? Minha proposta é usar o melhor dos dois mundos. O Market é indispensável, mas o AppBrain ainda tem atrativos que justificam a sua existência:

  • O Market, assim como o AppBrain, tem uma lista de tudo que você já instalou em seu celular. Mas o AppBrain, além de permitir que você tenha mais de uma lista (para quem tem mais de um celular), ainda reinstala todos os aplicativos para você. O Market não é coerente nessa: segundo alguns relatos, a partir do Gingerbread (Android 2.3), reinstala tudo. No Froyo (2.2) e em versões anteriores, não é assim. Tem gente que só conseguiu reinstalar os aplicativos pagos (mas não os gratuitos), tem gente (como eu) que nunca conseguiu reinstalar nada.
  • O AppBrain ainda investe mais em agregar conteúdo: o site sugere aplicativos, baseado no seu perfil; é possível ver os aplicativos que os seus amigos têm instalado em seus celulares, e outras opções.

É possível que no futuro o Market preencha essas lacunas, tornando o AppBrain dispensável. Por enquanto, o AppBrain tem o seu lugar, justo e merecido.

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